Aqui fica a minha opinião, a propósito da posição de Clifford Stoll sobre o uso do computador na sala de aula:
http://www.education-world.com/a_issues/chat/chat018.shtml
Na minha opinião pessoal, considero a posição de Clifford Stoll demasiado extremista ou até exagerada.
A introdução do computador no processo de ensino e aprendizagem, advém do acelerado processo de informatização da sociedade. Hoje em dia, não há serviço público que seja prestado sem o auxílio da máquina computador. Hoje em dia, uma grande percentagem de agregados familiares tem pelo menos um computador em casa. O computador começa a estar de tal forma enraizado no nosso quotidiano, que passar duas ou três horas por dia em frente a um computador, passará a ser um hábito como, por exemplo, tomar banho diariamente.
Considerar o facto de que, tendo acesso a um computador, uma criança tem acesso a demasiada informação que acaba por ser, muitas vezes, pouco fiável ou utilizada erradamente, não deverá constituir um problema. Caberá à escola e aos profissionais da educação, no seu dever, ensinar a criança a saber avaliar a informação correcta da menos correcta.
Deste modo, em contacto com o computador, a criança muito cedo poderá aprender a entender e a articular o que é‚ pensamento mecânico e o que não é. Essa habilidade poderá permitir-lhe, quando confrontada com algum problema, escolher a forma de pensamento mais adequada para resolvê-lo.
Assim sendo, apresentar o computador à criança na escola, desmistificá-lo, mostrar à criança o seu potencial e as suas limitações, ensinar a criança a utilizá-lo e a dominá-lo, são funções a que nenhuma escola se pode negar hoje em dia. Não podemos esquecer de que a escola tem que preparar cidadãos suficientemente familiarizados com os mais básicos desenvolvimentos tecnológicos, de modo a poderem participar no processo de geração e incorporação da tecnologia a que o nosso pequeno mundo se viu invadido. E a informática está no centro de toda essa tecnologia.
